sábado, junho 03, 2006

A festa


Já falei tantas vezes
do verde nos teus olhos
todos os sentimentos me tocam a alma
alegria ou tristeza
se espalhando no campo, no canto, no gesto
no sonho, na vida
mas agora é o balanço
essa dança nos toma
esse som nos abraça, meu amor (você tem a mim)

O teu corpo moreno
vai abrindo caminhos
acelera meu peito,
nem acredito no sonho que vejo
e seguimos dançando
um balanço malandro
e tudo rodando
parece que o mundo foi feito prá nós
nesse som que nos toca

Me abraça, me aperta
me prende em tuas pernas
me prende, me força, me roda, me encanta
me enfeita num beijo

Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
lua, nuvens, estrelas
a banda toca
parece magia
e é pura beleza
e essa música sente
e parece que a gente
se enrola, corrente
e tão de repente você tem a mim

Poema de Milton Nascimento para uma música linda interpretada por Maria Rita

5 Comments:

Blogger liliana miranda said...

QUANDO FORES VELHA
"Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas."
W.B.Yeats

2:57 da tarde  
Blogger jasmim said...

belo texto...
deixa-me aqui a pensar que estou velha e requintada demasiado cedo.
Na verdade, não me contento com amores desses,que amam mas não cuidam, sofrem mas não vivem, que galgam em direcção ao horizonte de rosto escondido.
Amores, prefiro os dificeis. Aquele que alimenta sede que não cessa, que vai mas volta, que partilha dos fantásticos e terríveis momentos, que inunda o corpo de alegria ou rasga-o de tristeza, mas que constrói. Porque só assim existe simbiose.
E quando eu for velha, quero é morrer de amores, apaixonada!

O resto são efeitos secundários de poesia, não?

8:38 da tarde  
Blogger liliana miranda said...

efeitos secundários da poesia...;)

10:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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Anonymous Anónimo said...

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