sexta-feira, junho 23, 2006
quinta-feira, junho 22, 2006
quarta-feira, junho 21, 2006
segunda-feira, junho 19, 2006
Más adentro, mar adentro
Mar adentro, mar adentro,
y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.
Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo
es como penetrar al centro del universo:
El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidos
en un único deseo:
Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.
Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.
domingo, junho 18, 2006
sábado, junho 17, 2006
sexta-feira, junho 16, 2006
Luz
terça-feira, junho 13, 2006
Insen
Para quem quiser saber mais, a informação está disponível em http://www.lisboacultural.pt .
sábado, junho 10, 2006
sexta-feira, junho 09, 2006
Egoísta
Já lá vai o tempo em que o amor me preocupava, agora penso.
Ganho, perco, poupo tempo a pensá-lo, a senti-lo.
Olho o lago e o cisne e a flor, e digo: nunca me bastaram.
Olho as pessoas e as coisas, e digo: nunca me bastaram.
Olho-me e digo: nunca me bastei.
De que precisaria, então, para me bastar?
Para fruir da saúde, os outros, a vida?
Que me faltou, quem me impediu?
Quem me ensurdeceu à própria voz?
Porque não escutei o meu grito de socorro?
Não me estendi a mão?
Me deixei cair, despenhar?
Quem, além de mim, posso culpar?
Ás vezes, digo: foi esta vontade de ser amada!
Esta servidão à vida e aos outros!
Esta mendicância de mimos, de palmas!
Este sol, esta luz, este vinho!
Estes fricassés da minha infância!
Este pai, esta mãe, estes meus irmãos!
Este País ajoelhado, esta poesia queixosa, esta saudade trágica!
Esta, sobretudo, esta, inferioridade!
Outras vezes, penso: foi pena.
Ninguém me ter dito que não era com os outros, mas comigo,
que eu teria de viver.
Mais.
Sempre.
Inescapavelmente.
Até que a vida, enfim, me separe.
O corpo da alma, os outros de mim.
Porque não há moeda.
Poder.
Divórcio, viuvez.
Não há, sequer, invalidez. Que nos aparte, nos desmembre.
Nos liberte de nós.
Nascemos ao mesmo tempo. Morremos sozinhos.
Eu e eu.
Os meus talentos, os meus aleijões.
Os meus lamentos, as minhas pulsões.
A minha natureza, as minhas digestões.
Aprendi então, a viver comigo.
A seduzir-me, a saborear-me.
Para que a minha companhia me agrade sempre.
Que, na dificuldade de me odiar, aceite amar-me.
E que, desse amor, possa nascer novo fruto.
Não foi, aliás, facultativo.
Se o fosse, não estaria aqui.
Viver comigo é longo, interminável.
Imposto, indeclinável.
E as fugas a mim mesma têm custo.
Não basta o sangue, o mesmo sangue.
É preciso amizade. Uma grande e superior amizade.
Despede-se um amigo, derrota-se um inimigo.
Não nos livramos de nós.
Só com uma grande amizade nos suportamos.
Nos resignamos, nos perdoamos.
É preciso fomentar um sentimento.
Para carregar o mesmo corpo, a mesma casa.
A mesma carne, o mesmo querer.
Pecados, corrupções. Batotas, desilusões.
E nunca o eu se fartar de mim.
Por estar preso, cravado. Sobreposto, agrilhoado.
Condenado a si mesmo e àquilo que se chama de solidão.
Solidão?
Nunca estou só, estou a meu lado!
E deveria bastar viver assim.
Permanentemente acompanhado, apaixonado.
Sozinho, é quem se cansa de si mesmo.
Se sente um desprazer, uma doença. Precisa, então, de amar.
Tanto, tudo.
Assolapada, veemente.
E perder
Para que enfim se baste, se desprenda.
Não precise, não dependa.
E o outro não seja afinal, mais do que eu.
A possibilidade, a novidade.
A pista, a luz, a alternativa.
Porque essa reside em mim
Se nada nem ninguém me bastou o que me faltou fui eu.
para a minha querida amiga Mafalda, bom aniversário.
Porque eu reajo
Isto cá dentro deixa de ser assim, tranquilo.
Assim posso tudo, e num ápice, quero logo uma corrente quente nas veias, em turbilhão que volteia num rasgar de qualquer vazio, sem pensar ou quebrar, cuidadosamente, sem cuidado nenhum, chovem no chão de madeira pingos de cor, perdem-se lápis, sujam-se as mãos. Melhor assim.
Já são aromas, são sabores, é toque, são caprichos que valsam na música que constrói só em sentimento, não se traduz, não se submete a nenhum escrito, faz-se. São coisas que cá dentro fluem, até que mais não queira. Lá fora são passado, presente e futuro.
Sem medos que a mão não o permite.
Respiro fundo, fecho os olhos para te ver. Tu és a preto e branco e parece-me que sou a cores. Viva e silenciosa, não me sinto nua, descalça pelo corredor, em pontas dos pés, procuro a cama. Parece que nunca mais chegas. Mas chego. E depois, sou.
quarta-feira, junho 07, 2006
Não quero ser um génio...
Já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem."
disse Albert Camus num dos seus maravilhosos escritos. Vale a pena ler, e pesquisar, para quem não conhece, aqui está disponível informação básica: http://pt.wikiquote.org/wiki/Albert_Camus
"Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado."
terça-feira, junho 06, 2006
Madalena, larga a droga, Madalena
Sim mãe, eu sei, Madalena é peculiar, mas depois de alguma antipasta (antes, não contra a pasta!), alguma pizza, e after 1l de boa sangria já nada importa. A criatividade é assim, surge e nem precisa de te encontrar a trabalhar.
Ai Madalena.
segunda-feira, junho 05, 2006
Just is
"What kind of fool am i
reaching into a world
I thought might have changed
somehow re-arranged?
yet here I am
stepping into the night
like a keenly sharpened knife
carving holes in my life
when I know
That what is, just is?
You see I’ve been somewhere
not far away, but such a different space
just to sit in one place?
and just when I thought
I could take no more
the bells started to ring
my soul to sing
and I know that
What is, just is
chasing the tail of understanding
as it runs through my mind
when I know
that
Hmm, oh what is, just is?
what is, just is
just is"
Lamb
domingo, junho 04, 2006
Artesanato
Durante este mês, de 24 de Junho a 2 de Julho, vai estar patente na FIL, a Feira Internacional de Artesanato. Segundo eles dizem, ... um local de encontro de expressões culturais, onde a arte e o saber fazer estão entregues a mãos que desenham o imaginário e constroem uma realidade única e viva de memórias...
Tudo isto com, artesanato nacional, onde é privilegiado o produto português; artesanato internacional, numa mostra de produtos de artesanato estrangeiro, oriundo dos mais diversos países; Gastronomia e eventos culturais, onde as danças e cantares nacionais e internacionais, alegram e enchem de cor e sabor o espaço de exposição.
Sempre dá para debater uns preços com os marroquinos, ficar zen com os tibetanos, provar petiscos não se sabe bem de onde, e bater o pé ao som do rancho.
Quem quiser saber mais, encontra estas e outras informações em http://www.artesanato.fil.pt/
sábado, junho 03, 2006
A festa
Já falei tantas vezes
do verde nos teus olhos
todos os sentimentos me tocam a alma
alegria ou tristeza
se espalhando no campo, no canto, no gesto
no sonho, na vida
mas agora é o balanço
essa dança nos toma
esse som nos abraça, meu amor (você tem a mim)
O teu corpo moreno
vai abrindo caminhos
acelera meu peito,
nem acredito no sonho que vejo
e seguimos dançando
um balanço malandro
e tudo rodando
parece que o mundo foi feito prá nós
nesse som que nos toca
Me abraça, me aperta
me prende em tuas pernas
me prende, me força, me roda, me encanta
me enfeita num beijo
Pôr do sol e aurora
Norte, sul, leste, oeste
lua, nuvens, estrelas
a banda toca
parece magia
e é pura beleza
e essa música sente
e parece que a gente
se enrola, corrente
e tão de repente você tem a mim
Poema de Milton Nascimento para uma música linda interpretada por Maria Rita