domingo, março 25, 2007

What you see is not all that you get!

fotografia por On The Road

quinta-feira, março 22, 2007

Efeito


From nebulas and galaxies to atoms and quarks; all things are related, communicate, & interact — it is impossible to not be affected

segunda-feira, março 19, 2007

You can't always get what you want


You can't always get what you want
But if you try sometimes you just might find
You just might find
You get what you need, ah yes...
Rolling Stones

domingo, março 18, 2007

What type of weather are you?

You Are Lightning

Beautiful yet dangerous
People will stop and watch you when you appear
Even though you're capable of random violence

You are best known for: your power

Your dominant state: performing

Year of the dragon

You Were Born Under:

You have both a fiery energy and a warm heart.
Your charisma and charm makes it easy for you to influence others.
Lucky in life, you also have a reputation of being lucky in love.
Power hungry, you are determined to get what you want - no matter what it takes.

You are most compatible with a Monkey or Rat.

sábado, março 17, 2007

Ursula Rucker

A rainha da palavra cantada de Filadélfia, está de volta a Lisboa, ainda com o album "ma' at mama", dia 27 deste mês, no Lux Frágil.

Please, come sit down
I need to set you straight
Before we go any further
I’ve learned from loneliness
That lonely can be bitter and lonely can be sweet
Sure, I know I don’t need a man to be complete
And I also know that what I want and what I need
Don’t always meet
But being alone ain’t all that bad
‘Cause see
I’ve been there and I’ve done that
I’m in the midst of an evolution of myself
I was tired of the search
So I had to sit it on the shelf
Lonely can be sweet

Ursula Rucker

terça-feira, março 13, 2007

Jordi Burch


Jordi Burch é um dos nomes sonantes da fotografia em Portugal. Foi nomeado para os Masters Class da World Press Photo, duas vezes consecutivas. Recebeu três Menções Honrosas no Prémio Visão. Já publicou na National Geographic, na Grande Reportagem, na Volta ao Mundo, no Corriere Internacional e em publicações na Grécia e na Rússia. Actualmente, colabora com o Expresso, o Público e a Notícias Magazine. Em exposição, estão imagens captadas em Angola, Portugal, Brasil, Antárctida, Marrocos, Peru, Espanha, ao longo de alguns anos e muitas viagens. Mais em http://www.casafernandopessoa.com/

segunda-feira, março 12, 2007

Zana Briski

domingo, março 11, 2007

Don´t move unless you feel it

sábado, março 10, 2007

Pensamento do dia :) Confúcio

Gettyimages.com

Mostrem-me como dança um povo e eu lhes direi se a sua civilização está doente ou de boa saúde.

sexta-feira, março 09, 2007

Esta é a cor dos meus sonhos

Joan Miró

“Nunca sonho durante a noite, mas no meu atelier estou em pleno sonho. É quando trabalho, quando estou acordado, que sonho.” Joan Miró (1893/1983), pintor, gravador, escultor e ceramista espanhol, integrou o movimento surrealista desde 1924 e inventou uma linguagem pictórica semi-abstracta fundada no uso de signos, linhas sinuosas, manchas e formas caligráficas sobre superfícies lisas que manifesta um sentido plástico constante e cria um mundo colorido de profunda fantasia e intensa alegria. Estas conversas com Georges Raillard constituem um documento fundamental acerca de um artista modesto que nunca gostou de falar sobre si próprio e sempre procurou “apagar-se atrás das suas telas.” Falamos do livro editado pela 90 Graus, "Ceci Est La Couleur de Mes Rêves". Concedidas aos 84 anos, ao longo de uma semana, na casa de Miró em Palma de Maiorca, acompanham os segredos da sua criação, antecipam os seus projectos, evocam as suas posições políticas e o seu ódio ao franquismo, relembram Buñuel, Picasso, Dali, Breton, entre muitas outras figuras essenciais da arte do século XX, e revelam “a cor dos seus sonhos”. Para saborear.

Ghost Rider


Um filme ligeiro, ligeiro, com acção baseada na bem sucedida BD da Marvel, que eu adorava, narra a história de um audacioso motoqueiro transformado em Ghost Rider, um agente sobrenatural que tem por objectivo vingar e fazer justiça. Tchamtchamtcham. Com blábláblá, Nicolas Cage, blábláblá, Nicolas Cage.
www.sonypictures.com/movies/ghostrider/index.html

Four Corners

Ken Vandermark, Adam Lane, Magnus Broo, Paal Nilssen-Love, o modelo perseguido por este quarteto é o do free jazz, a música que tocam está cheia de outros sons e modos de fazer, como os do hard bop e da chamada “música improvisada europeia”, com uma geral disseminação de elementos e técnicas da “new music” norte-americana e da clássica contemporânea do Velho Continente e com a energia interna do rock. Mais aqui www.ccb.pt

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!

Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical -
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força -
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas
Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão,
E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta,
Átomos que hão-de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem,
Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,
Fazendo-me um acesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma.

Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!

Fraternidade com todas as dinâmicas!
Promíscua fúria de ser parte-agente
Do rodar férreo e cosmopolita
Dos comboios estrénuos,
Da faina transportadora-de-cargas dos navios,
Do giro lúbrico e lento dos guindastes,
Do tumulto disciplinado das fábricas,
E do quase-silêncio ciciante e monótono das correias de transmissão!

Horas europeias, produtoras, entaladas
Entre maquinismos e afazeres úteis!
Grandes cidades paradas nos cafés,
Nos cafés - oásis de inutilidades ruidosas
Onde se cristalizam e se precipitam
Os rumores e os gestos do Útil
E as rodas, e as rodas-dentadas e as chumaceiras do Progressivo!
Nova Minerva sem-alma dos cais e das gares!
Novos entusiasmos de estatura do Momento!
Quilhas de chapas de ferro sorrindo encostadas às docas,
Ou a seco, erguidas, nos planos-inclinados dos portos!
Actividade internacional, transatlântica, Canadian-Pacific!
Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotéis,
Nos Longchamps e nos Derbies e nos Ascots,
E Piccadillies e Avenues de L'Opéra que entram
Pela minh'alma dentro!

Hé-lá as ruas, hé-lá as praças, hé-lá-hô la foule!
Tudo o que passa, tudo o que pára às montras!
Comerciantes; vários; escrocs exageradamente bem-vestidos;
Membros evidentes de clubes aristocráticos;
Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes
E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete
De algibeira a algibeira!
Tudo o que passa, tudo o que passa e nunca passa!
Presença demasiadamente acentuada das cocotes
Banalidade interessante (e quem sabe o quê por dentro?)
Das burguesinhas, mãe e filha geralmente,
Que andam na rua com um fim qualquer;
A graça feminil e falsa dos pederastas que passam, lentos;
E toda a gente simplesmente elegante que passeia e se mostra
E afinal tem alma lá dentro!

(Ah, como eu desejaria ser o souteneur disto tudo!)

A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas,
E de vez em quando o cometa dum regicídio
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana!

Notícias desmentidas dos jornais,
Artigos políticos insinceramente sinceros,
Notícias passez à-la-caisse, grandes crimes -
Duas colunas deles passando para a segunda página!
O cheiro fresco a tinta de tipografia!
Os cartazes postos há pouco, molhados!
Vients-de-paraître amarelos como uma cinta branca!
Como eu vos amo a todos, a todos, a todos,
Como eu vos amo de todas as maneiras,
Com os olhos e com os ouvidos e com o olfacto
E com o tacto (o que palpar-vos representa para mim!)
E com a inteligência como uma antena que fazeis vibrar!
Ah, como todos os meus sentidos têm cio de vós!

Adubos, debulhadoras a vapor, progressos da agricultura!
Química agrícola, e o comércio quase uma ciência!
Ó mostruários dos caixeiros-viajantes,
Dos caixeiros-viajantes, cavaleiros-andantes da Indústria,
Prolongamentos humanos das fábricas e dos calmos escritórios!

Ó fazendas nas montras! Ó manequins! Ó últimos figurinos!
Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar!
Olá grandes armazéns com várias secções!
Olá anúncios eléctricos que vêm e estão e desaparecem!
Olá tudo com que hoje se constrói, com que hoje se é diferente de ontem!
Eh, cimento armado, beton de cimento, novos processos!
Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos!
Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos!
Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera.
Amo-vos carnivoramente.
Pervertidamente e enroscando a minha vista
Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis,
Ó coisas todas modernas,
Ó minhas contemporâneas, forma actual e próxima
Do sistema imediato do Universo!
Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!

Ó fábricas, ó laboratórios, ó music-halls, ó Luna-Parks,
Ó couraçados, ó pontes, ó docas flutuantes -
Na minha mente turbulenta e encandescida
Possuo-vos como a uma mulher bela,
Completamente vos possuo como a uma mulher bela que não se ama,
Que se encontra casualmente e se acha interessantíssima.

Eh-lá-hô fachadas das grandes lojas!
Eh-lá-hô elevadores dos grandes edifícios!
Eh-lá-hô recomposições ministeriais!
Parlamentos, políticas, relatores de orçamentos,
Orçamentos falsificados!
(Um orçamento é tão natural como uma árvore
E um parlamento tão belo como uma borboleta).

Eh-lá o interesse por tudo na vida,
Porque tudo é a vida, desde os brilhantes nas montras
Até à noite ponte misteriosa entre os astros
E o mar antigo e solene, lavando as costas
E sendo misericordiosamente o mesmo
Que era quando Platão era realmente Platão
Na sua presença real e na sua carne com a alma dentro,
E falava com Aristóteles, que havia de não ser discípulo dele.

Eu podia morrer triturado por um motor
Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
Atirem-me para dentro das fornalhas!
Metam-me debaixo dos comboios!
Espanquem-me a bordo de navios!
Masoquismo através de maquinismos!
Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho!

Up-lá hô jockey que ganhaste o Derby,
Morder entre dentes o teu cap de duas cores!

(Ser tão alto que não pudesse entrar por nenhuma porta!
Ah, olhar é em mim uma perversão sexual!)

Eh-lá, eh-lá, eh-lá, catedrais!
Deixai-me partir a cabeça de encontro às vossas esquinas.

E ser levado da rua cheio de sangue
Sem ninguém saber quem eu sou!

Ó tramways, funiculares, metropolitanos,
Roçai-vos por mim até ao espasmo!
Hilla! hilla! hilla-hô!
Dai-me gargalhadas em plena cara,
Ó automóveis apinhados de pândegos e de...,
Ó multidões quotidianas nem alegres nem tristes das ruas,
Rio multicolor anónimo e onde eu me posso banhar como quereria!
Ah, que vidas complexas, que coisas lá pelas casas de tudo isto!
Ah, saber-lhes as vidas a todos, as dificuldades de dinheiro,
As dissensões domésticas, os deboches que não se suspeitam,
Os pensamentos que cada um tem a sós consigo no seu quarto
E os gestos que faz quando ninguém pode ver!
Não saber tudo isto é ignorar tudo, ó raiva,
Ó raiva que como uma febre e um cio e uma fome
Me põe a magro o rosto e me agita às vezes as mãos
Em crispações absurdas em pleno meio das turbas
Nas ruas cheias de encontrões!

Ah, e a gente ordinária e suja, que parece sempre a mesma,
Que emprega palavrões como palavras usuais,
Cujos filhos roubam às portas das mercearias
E cujas filhas aos oito anos - e eu acho isto belo e amo-o! -
Masturbam homens de aspecto decente nos vãos de escada.
A gentalha que anda pelos andaimes e que vai para casa
Por vielas quase irreais de estreiteza e podridão.
Maravilhosamente gente humana que vive como os cães
Que está abaixo de todos os sistemas morais,
Para quem nenhuma religião foi feita,
Nenhuma arte criada,
Nenhuma política destinada para eles!
Como eu vos amo a todos, porque sois assim,
Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus,
Inatingíveis por todos os progressos,
Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida!

(Na nora do quintal da minha casa
O burro anda à roda, anda à roda,
E o mistério do mundo é do tamanho disto.
Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente.
A luz do sol abafa o silêncio das esferas
E havemos todos de morrer,
Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo,
Pinheirais onde a minha infância era outra coisa
Do que eu sou hoje...)

Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante!
Outra vez a obsessão movimentada dos ónibus.
E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo dentro de todos os comboios
De todas as partes do mundo,
De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios,
Que a estas horas estão levantando ferro ou afastando-se das docas.
Ó ferro, ó aço, ó alumínio, ó chapas de ferro ondulado!
Ó cais, ó portos, ó comboios, ó guindastes, ó rebocadores!

Eh-lá grandes desastres de comboios!
Eh-lá desabamentos de galerias de minas!
Eh-lá naufrágios deliciosos dos grandes transatlânticos!
Eh-lá-hô revoluções aqui, ali, acolá,
Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões,
Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim,
A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa,
E outro Sol no novo Horizonte!

Que importa tudo isto, mas que importa tudo isto
Ao fúlgido e rubro ruído contemporâneo,
Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje?
Tudo isso apaga tudo, salvo o Momento,
O Momento de tronco nu e quente como um fogueiro,
O Momento estridentemente ruidoso e mecânico,
O Momento dinâmico passagem de todas as bacantes
Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais.

Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar,
Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos,
Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar,
Engenhos brocas, máquinas rotativas!

Eia! eia! eia!
Eia electricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do Inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô! eia!
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!

Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!

Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!

Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!
Hé-la! He-hô! H-o-o-o-o!
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

Álvaro de Campos, Londres 1914

quinta-feira, março 08, 2007

Conforting sounds


Mew - Conforting sounds

Sigur Rós - Hoppipolla




KT Tunstall - Black horse and the cherry tree

ó tédio!!!

quarta-feira, março 07, 2007

Natureza (quase) humana


Parabéns mami

Lindos de morrer, nota-se logo que são coisas de família.

terça-feira, março 06, 2007

Kids

segunda-feira, março 05, 2007

Fotografias do eclipse




existem mais imagens nos sites abaixo indicados.

domingo, março 04, 2007

Trying to stay afloat



Para ouvir, e dançar em casa!

Do-doo-do-do Do-doo-do-do
Do-doo-do-do Do-doo-do-do

People don´t you worry bout me
Evil don´t get buried by me
Well, I´m gonna shoot out this lil town
Soon as I do it I´m gonna get down
Come on, Come on

Mama don't you worry bout me
Papa don't you worry bout me
I live a life but it just ain´t mine
Know I´m a your sun won´t you let me shine
Come on, come on

Sally don´t you worry bout me
Sally don´t you worry bout me
Don´t worry about me I´ll be fine
Well that´s what I tell ´em but I´m lying
Come on, all people come on

All know about the blues don´t you
Everybody get the blues
Even babies get the blues

Some call it baby blue
Some call it midnight blue
Some call it baby blue
Whatever hue is what we gonna do
We gonna play until you feel happy
Till there ain´t no more blues

Idlewild
Be there


Idlewild Blues (Don't you worry about me)

sábado, março 03, 2007

Eclipse lunar


Este será o 1º eclipse Lunar visível em Portugal, desde 27 de Outubro de 2004, quando pudemos observar um bonito eclipse, com a Lua a ficar escurecida numa ténue luminosidade alaranjada.
Numa tentativa de partilhar a beleza do evento, o Clube Astronómico 2000 http://www.ca2000pt.com/ e o Núcleo Interactivo de Astronomia http://www.portaldoastronomo.org/, organizam, em conjunto com o Instituto Geográfico do Exército http://www.igeoe.pt/, uma sessão pública de entrada livre para observação do eclipse nas instalações do IGeoE, Av. Dr. Alfredo Bensaúde, Lisboa (ao Parque das Nações).

Este eclipse irá ocorrer em condições extremamente favoráveis à sua observação a partir de toda a Europa. A Lua estará posicionada no céu a uma altitude média que permite a sua observação desde a entrada da Lua na penumbra da Terra até ao momento em que a Lua sai desta, através de telescópios ou binóculos, sem que se note um grande efeito da turbulência atmosférica. Ao contrário de um eclipse Solar, em que são necessários cuidados especiais para evitar lesões oculares, não existe nada de complicado em poder observar este espectáculo celestial.

Tudo o que necessita são os seus olhos e céu limpo.

Hoje, a partir das 20h, venha dai ver, na companhia de um grupo de astrónomos amadores com diversos telescópios. Esperamos por si.

Johnny Cash

sexta-feira, março 02, 2007

Amor em tempo de guerra


São apenas alguns minutos, durante o prólogo de Dido & Aeneas, mas é sem dúvida a imagem mais forte do espectáculo que hoje se estreia no Centro Cultural de Belém, em Lisboa: dentro de um enorme tanque, os bailarinos movimentam--se numa dança sem chão, onde os gestos não podem ser rígidos e os corpos, tal como os cabelos e as roupas, parecem flutuar, leves.

A coreógrafa Sasha Waltz gosta de colocar desafios aos seus intérpretes. Quem viu Körper, que se apresentou em Portugal em 2005, lembrar-se-á de os bailarinos em movimentos esmagados dentro de uma apertada caixa de vidro.

Aqui, Sasha Waltz sentiu-se inspirada pela viagem de uma das personagens principais, o herói Eneias, vítima de um naufrágio ao largo de Cartago e é assim que tem hipótese de conhecer a rainha Dido, por quem se apaixona. Decidiu, pois, "afundar" também os bailarinos. "Eles gostaram muito de estar dentro de água", revela, em conversa telefónica. "A água está bem quente e os músculos podem relaxar, causando uma sensação agradável. Estabeleci um padrão de movimentos com as mudanças musicais mas coreografar com exactidão, a cem por cento, isso não é possível."

O espectáculo é baseado na ópera barroca do inglês Henry Purcell (1659-1695), sobre um libreto de Nahum Tate que, por sua vez, se inspira na Eneida, poema épico escrito por Virgílio no século I a.C. Aqui se relata a história do troiano Eneias que, após o naufrágio, conhece a rainha de Cartago, Dido, a quem conta toda a história do seu povo e as suas viagens. A paixão que nasce entre eles tem, no entanto, um fim trágico, pois Eneias tem de regressar para fundar Roma. Destroçada, Dido suicida-se.

Pela primeira vez, Sasha Waltz trabalhou sobre um libreto e uma partitura fixas, e, também pela primeira vez, os seus bailarinos tinham personagens para interpretar e uma história para contar. Tudo isto podia ser interpretado pela coreógrafa como restrições à dança mas, pelo contrário, serviram para pesquisar novos processos de trabalho, encontrando um novo caminho. Esta foi igualmente a primeira vez que Sasha Waltz e os seus bailarinos trabalharam com uma orquestra, a prestigiada Akademie für Alte Musik-Berlin, e um coro, o Vocalconsort Berlin, sob a direcção de Attilio Cremonesi (ver texto ao lado)."Foi tudo muito novo", reconhece. "O que me interessou mais foi juntar, misturar todas as formas artísticas, os intérpretes musicais, os bailarinos, o coro, todos se tornaram um só grupo. Deixou de haver separação." Sasha Waltz começou por reunir músicos, cantores e bailarinos num workshop. "Trabalhei intensamente com o coro e para eles também era a primeira vez que faziam algo assim, por isso foi muito interessante descobrirmos juntos como é que poderíamos usar os corpos. Para mim, ter um corpo em movimento a cantar é muito belo, é algo extraordinário", explica. Foi assim que percebeu que o ideal seria duplicar as personagens principais, que são interpretadas por um bailarino e por um cantor. Ou, no caso de Dido, por uma cantora e duas bailarinas: "Ela é a personagem central e os seus sentimentos são contraditórios, há um conflito interior. Para tornar essa divisão mais visível criei uma intérprete para a sua alma, que representa o seu estado interior."Apesar desta divisão, cantores e bailarinos misturam-se, no palco, em quadros orgânicos. "Tivemos que ter alguns cuidados, sobretudo técnicos, porque os cantores têm que ficar juntos, não podem estar de costas, mas, de resto, estiveram sempre disponíveis para descobrir novas formas de usarem o seu corpo enquanto cantavam."

O resultado deixou-a de tal forma feliz - "trabalhar com música ao vivo é uma experiência fantástica, passa uma energia diferente para os bailarinos" - que Sasha Waltz já pensa noutras colaborações com a Akademie für Alte Musik-Berlin, agora para contar a história de outra mulher, Medeia.

quinta-feira, março 01, 2007

O sonho


Distante,
um pouco além da esquina, fica o sonho.
Não se deixa ver, dele ouve-se falar.
Ventos, monstros, mitos, mares, o pó nas folhas.
Parece que mostra tudo e nada explica.
Quem o viu conta prodígios (claro, aumenta um ponto)
e diz que não se conta o que se sente,
seja o terror paralisante,
seja ainda um pleno vôo.
O sonho - seja o que for -,
da mente, muda o mundo;
do fundo da alma, muda as gentes
- ao menos é o que se conta.
A mim, não se deixa ver,
só sei, só sinto
já que, se chego mais perto,
antes mesmo do dobrar a esquina,
ainda sem vê-lo, desperto.